10 anos depois...

Oi gente!

Sei que eu sumi por um booom tempo, (ja´até voltei para o Brasil) mas aqui estou eu para explicar o que aconteceu:

Depois do último post, começou uma época cheeeeia de trabalhos finais, aí vieram as férias, e meus pais foram me visitar, depois das férias, eu tive que correr atrás do atraso em que fiquei por ter passeado nas férias ao invés de fazer meus trabalhos (é, lá eles cobram que a gente faça trabalhos durante as férias, então passear não seria uma opção, se não fossem os papis).

Depois que os trabalhos finais foram entregues - em maio - começou a busca pelo estágio, consequentemente, veio o estágio e quando vi, já estava na hora de fazer a arrumação final das malas e voltar!

Juro pra vocês que eu não senti o tempo passar de Fevereiro (último post) pra cá, mas isso até que é bom, pelo menos significa que foi um tempo que eu aproveitei de uma forma agradável. =)

Com isso, fecho o post de hoje, e provavelmente um dos últimos com conteúdo assim. Ainda pretendo postar os meus trabalhos finais, então não fiquem tristes, ainda não é o fim! 

Até logo! 

Animex

Hora de fazer inveja alegrar os leitores nerds do meu blog! Uhuuul!

Na semana passada aconteceu o Animex, um evento de animação e games realizado anualmente pela Teesside University.

Essa é a 15ª edição do evento e ele consiste em uma semana inteira sem aulas (yey!), e com palestrantes muito interessantes, além disso, a semana conta com workshops, e o British Animation Awards - um festival de animações britânicas - e da exibição de filmes relacionado com animação e games.

Mais informações sobre o evento podem ser encontradas no site do Animex.

A seguir, detalhei as palestras que aconteceram em cada dia do evento, e coloquei links relacionados com os  palestrantes e os assuntos discutidos.

Dia 1

Rex Crowle, da Media Molecule, falou sobre o jogo Tearaway.

A palestra foi bem interessante, o Rex é bem simpático e nos falou sobre os desafios de fazer o jogo, além do processo de brainstorming e construção da estética do jogo e dos personagens no "estilo papel".

Links:

Rex Crowle

Media Molecule

Tearaway

Barry Meade, nos falou sobre o jogo The Room, desenvolvido pela Fireproof Games. Barry falou dos desafios que a equipe teve por criar, pela primeira vez, um jogo mobile, sobre o desenvolvimento do jogo e de como, para a surpresa da equipe, ele fez sucesso rapidamente, ganhando diversos prêmios.

Links:

Fireproof Games

The Room

Austin Wintory, trabalh como compositor musical e criou as músicas do jogo Journey e mais recentemente do The Banner Saga. Ele nos falou principalmente sobre a criação das músicas para o The Banner Saga, nos mostrando desde o processo do contato com os desenvolvedores até a composição das músicas e por fim, nos contando como elas foram gravadas. A palestra em si foi muito interessante, e o diferencial foi que ele tocou vários trechos na hora, em um teclado. =)

Links:

Austin Wintory

Ouça as Músicas

Rhianna Pratchett e James Swallow, ambos escritores para games nos falaram sobre a carreira deles e sobre a importância da história nos jogos. Entre diversos títulos, eles escreveram Deus Ex (James) e Tomb Raider (Rhianna). 

Links:

Rhianna Pratchett

James Swallow

Mark Davies, da Naughty Dog, falando sobre a narrativa do The Last of Us, e como o level design influencia na na forma como  a história é percebida e consequentemente na experiência do jogador.

Ele falou sobre a pesquisa feita para o local onde o jogo se passa, a estrutura utilizada no desenvolvimento de cada nível, e como a empresa trata certas partes no jogo (encontrando os inimigos, se separando do personagem secundário, etc).

Links:

The Last of Us

Naughty Dog

À noite, hora de ir ao cinema assistir e votar nos curtas de animação que estão concorrendo ao British Animation Awards (a lista de filmes concorrentes está no link abaixo). 

Links:

British Animation Awards

Após o BAA, assisti a um documentário chamado Persistence of Vision, que conta a história de Richard Williams - um dos melhores animadores que já existiu - e do seu sonho que nunca foi realisado, um filme que ele começou a fazer, e mesmo depois de 30 anos de trabalho, não conseguiu concluí-lo.

Dia 2

O sengundo dia do Animex começou com uma ex-aluna da universidade, Jemma Harris, que atualmente é chefe de produção na empresa 22Cans. Ela contou sobre a experiência que tiveram com o Kickstarter, nos falando como ela e sua equipe fizeram para conseguir passar por todos os altos e baixos, e por fim, como lançaram seu jogo Godus.

Links:

22Cans

Godus

Kickstarter

Georg Backer, atualmente na Hotsauce Interactive, nos falou sobre a sua carreira, como ele passou por diversas áreas na indústria de jogos digitais e das suas experiências tendo trabalhado tanto em empresas quanto como desenvolvedor independente.

Links:

Hotsauce Interactive

Karla Zimonja, da The Fullbright Company, foi entrevistada pela jornalista da área de games Cara Ellison. Karla falou sobre o jogo Gone Home e sobre o gênero dos jogos de exploração, no qual Gone Home se encontra.

Links:

The Fullbright Company

Gone Home

Cara Ellison

Andy Bastable nos falou sobre os desafios de desenvolver o Kinect Sports Rivals para o xbox one. Ele fez uma demonstração de como o jogador é inteiramente escaneado pelo kinect, com direito à percepção da cor da pele e cabelos, além de detalhes super fiéis à vida real.

Links:

Rare

Kinect Sports Rivals

Ashraf Ismail, da Ubisoft, nos contando os desafios de dirigir Assassins Creed IV: Black Flag. Ele nos falou sobre o engajamento da equipe, as ideias iniciais e nos mostrou os primeiros testes das mecânicas do jogo.

Links:

Ubisoft

Assassins Creed

Dia 3

O terceiro dia foi o dia dos workshops. Como eu não comprei ingresso para nenhum, fui no museu da cidade, o MIMA, assistir à uma masterclass gratuita do artista Max Hatler, que tem em seu portfólio diversas animações abstratas.

Links:
Max Hatler no MIMA

Max Hatler

MIMA

À noite, assistimos à curtas internacionais no cinema,e depois ao filme Rio 2096: uma história de amor e fúria, do brasileiro Luiz Bolognesi. 

Dia 4

Ed Hooks, que atualmente dá aulas de atuação para diversas áreas (inclusive para animação) falou sobre a importância dos "malucos" na indústria e de como o mercado atual no geral, não inova. Ele é um senhor fofo e é impossível não gostar dele! A palestra dele foi MUITO boa!

Links:
Ed Hooks

Mike Chapman e Thomas Knight, da Mill London trouxeram dois comerciais feitos pela empresa, nos falam sobre como eles foram produzidos e como foram feitos os efeios especiais, eles nos mostraram o processo de pesquisa, pré-produção e finalização dos comerciais.

Links:
The Mill London

Representantes de seis diferentes estúdios nos deram dicas sobre o que as empresas da área estão procurando no profissional que vai entrar no mercado de trabalho e sobre as oportunidades de trabalhar com eles.

Links:
The Third Floor
Double Negative
The Mill London
DreamWorks
Framestore
MPC

Double negative falou sobre o filme The World's End, nos mostrando o processo de gravação do filme, utilizando pouquíssimos efeitos especiais feitos do computador e muita mão na massapra fazer a maioria dos efeitos na vida real.

Links:
The World's End
Double Negative

Liam Russel, da Framestore, nos mostrou o processo de produçao dos efeitos visuais do filme Gravidade, desde a gravação com os atores, até todos os efeitos de computação gráfica que compõe praticamente o filme todo.

Links:
Gravity
Framestore

Ao fim do dia, mais uma sessão de filmes que estão concorrendo ao British Animation Awards!

Links:

British Animation Awards

Dia 5 - Sexta-feira

Max Howard, da Max Howard Consulting Group nos deu dicas de como fazer um bom portfolio sobre uma ideia para "vendê-la" à indústria, além de como nos portarmos em uma entrevista e de como devemos estar sempre preparados.

James Burr, ex-aluno da Teesside Uniersity, nos falou sobre como foi o processo de sair da universidade e entrar no mercado de trabalho além de nos mostrar seus trabalhos atuais na empresa The Thord Floor.

Links:
The Third Floor

Shelley Page, da DreamWorks nos mostrou uma seleção de animações que para ela, são as melhores atualmente. Foi uma hora bem interessante, pois assistimos à vários estilos diferentes de animações, com diferentes tipos de história.

Links:
DreamWorks

Stuart Sumida, um professor de biologia, nos falou sobre sua carreira no ramo da animação. Ele ensina anatomia animal para diversos produtores e animadores, desde A Bela e a Fera, até os dias atuais. Além disso, ele também nos ensinou um pouco sobre a biologia por trás dos animais.

Links:
Stuart Sumida - Quando eu tentei acessar, o site dele estava fora do ar, então se não estiver funcionando, me desculpem ;)

Dan Lund, Animador de Efeitos especiais no filme Frozen, da Walt Disney Animation Studios, nos falou sobre como foi trabalhar no filme e nos mostrou o processo de criação dos efeitos especiais, desde a pesquisa sobre neve e gelo até os primeiros testes e então as versões finais.

Links:
Frozen
Walt Disney Animation Studios


Chegamos ao fim da semana, e o que eu posso dizer é que apesar de eu estar exausta física e psicológicamente o Animex valeu cada centavo do investimento e ainda um pouco mais. Aprendi muito sobre as áreas abordadas e tive a oportunidade de falar cara a cara com os palestrantes, o que é muto, muito bom! Eu pude ver o como entrar no mercado de trabalho nessas áreas não é nem um pouco impossível, basta ter um portfólio do que a gente sabe fazer. Se eu tivesse como, gostaria de voltar ao Animex todos os anos!

Vale lembrar que o conteúdo desse post foi todo escrito por mim, sendo assim, eles são inteiramente pessoais e tem a minha visão de como foram as palestras e atividades. As imagens e logos eu retirei do site do Animex ou do site das respectivas empresas/jogos/animações.

O post acaba aqui! Espero que vocês tenham gostado.
Um super abraço, e até o próximo post! =)

NOTA:

Preciso pedir desculpa aos meus leitores pela forma como eu escrevi.
Eu nunca senti dificuldade em escrever antes, mas depois de uma semana inteira ouvindo e falando inglês o dia inteirinho, eu senti MUITA dificuldade pra escrever em português.
Apesar disso, eu  tentei traduzir tudo que eu sabia (e o que eu não sabia também!) pra deixar o mais acessível possível pra quem for ler, mas infelizmente tem algumas palavras ou expressões mais técnicas que não tem tradução, então eu tive que deixar em inglês.

As salas de aula

Oi gente!

Que saudades de escrever aqui no blog!
As férias vieram e eu fiquei sem computador, e depois disso tive uns trabalhos finais, então acabei me afastando daqui.

Pra comemorar minha volta ao blog, vou falar pra vocês sobre um assunto que eu queria abordar ainda antes das férias: as salas de aula!

Vou mostrar pra vocês como são as salas daqui e um pequeno comentário sobre o que eu acho de ter aula nelas.

No Brasil, estou acostumada com salas de aula normais - entenda-se por salas com classes e cadeiras e um quadro na frente -, ou então laboratórios com computadores, geralmente não passa muito disso, mas quando cheguei aqui, vi que as aulas e a forma de aprender podem ser muito diferentes só por ter uma sala de aula diferente.

Como eu comentei num post anterior, eu tenho duas aulas diferentes pra cada matéria: a teórica e a prática, então eu separei por essas categorias.

As aulas teóricas

Para as aulas teóricas, as salas de aula são como na imagem abaixo. Nem todas tem o mesmo tamanho - algumas tem capacidade pra mais de 100 pessoas - mas todas tem essa configuração de "escadas", como nas imagens abaixo.

Vista de baixo pra cima.

Vista de cima para baixo.

Apesar do tamanho, as salas são iguais, com um quadro na frente e uma tela de projeção em cima, onde o professor passa seus slides, e equipamento de áudio (dá pra ver as caixas de som nas paredes). Além disso, a luz também é ajustável, pra que a gente possa ver tanto o professor quanto os slides (não posso deixar de dizer que os professores as vezes não utilizam da vantagem de ter uma luz ajustável e ficam acendendo e apagando as luzes a aula toda, e isso é uma droga).

O que eu acho das salas assim: É muito diferente de estudar nas salas "planas" com as quais eu estava acostumada. Nesse tipo de sala de aula, mesmo que o aluno se sente no "fundão" ele tem toda a visão do que está acontecendo na aula, e o professor também tem como ver todos os alunos e interagir com eles. Não fica aquela aula em que só os alunos da frente participam e os mais de trás dormem... hahaha

Em contrapartida, acho ruim ter de escolher um lugar pra se sentar em algumas salas. Nas que são mais largas do que compridas (não é o caso dessa das fotos), tenho de escolher entre sentar na frente e ficar com dor no pescoço por olhar pra cima ou sentar mais pra trás e ter que olhar para baixo sempre que o professor fala, e acreditem, não tem um meio termo! =P

As aulas práticas

Diferente das aulas teóricas, as salas das aulas práticas mudam muito de acordo com a matéria. Aqui vão as salas em que tenho aula atualmente:

Animação 2D

Essa sala é específica pra animação 2D, ou seja, animação no papel. Tem essas "lightbox", que são usadas pra desenhar, e os scanners pra escanear as animações.

Animação 3D

Aqui temos um dos laboratórios de computadores. Este é voltado pra animação e outras coisas gráficas. A sala tem os computadores, um projetor e um quadro (que nesse caso é a parede mesmo, pintada com tinta especial) e cada computador tem duas telas e uma mesa digitalizadora.

Ignorem os bobões que quiseram aparecer na foto... hahahah

Introdução à modelagem 3D

Essa sala é praticamente igual à anterior. Elas tem exatamente as mesmas cosias, inclusive os mesmos softwares nos computadores, e ambas ficam no mesmo prédio, o que muda é o chão (notei isso agora) e o número de janelas! haha

 Desenho

As aulas de desenho costumavam ser na sala de desenho (não me diga? =3). O legal dessa sala é que ela é toda preparada com iluminação natural, desde as janelas na parede até aberturas no teto. 

Agora essa aula mudou pra mesma sala de animação 2D - afinal, o nome dessa matéria é Desenhando para Animação! =)

O que eu acho das salas: Ter aula em salas específicas pra cada coisa não poderia ser melhor! A sala tem o que a gente precisa pra aprender, seja isso espaço, material ou equipamento. Não acho ruim ter que ir de um prédio para o outro em cada aula, já que sei que aprendo melhor assim.

Leitores, por hoje é só! 

Algumas das minhas aulas ainda não começaram ou vão trocar de sala em breve, então assim que eu tiver acesso à elas,  tiro fotos e  acrescento elas no post!
Um super abraço e até a próxima!